Domingo
é dia de “pensar na vida”. Não o dia todo, principalmente depois das seis. É
olhar pra cama, pro sofá, pra geladeira e tudo parecer tedioso o suficiente pra
não serem vistos como possibilidade. E voltar, olhar de novo e se convencer que
no fim não existe alternativa. Domingo é dia de refletir sobre o sentido do
despertador marcar 06h00 no visor do celular, e se dar conta, mais uma vez, que
na verdade, não existe muito sentido, e nem alternativa. Domingo poderia acabar
às três da tarde, depois de dormir até o despertador cansar de te lembrar de
que você esqueceu de desativá-lo. Antes que a ausência de afazeres comece a
martelar a ausência de sentido e tudo mais que vem com o domingo. Domingo
começa azul e vai acinzentando. A sorte é que pra todo domingo existe uma
segunda (chance?).
Alison Silva
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