A voz e o olhar de cumplicidade me trouxeram
em poucos dias uma nova platonia romântica. Já faz tempo, mas como acho o tempo
algo muito particular, isso não faz tanta diferença. Porem existe algo que faz:
a distancia. Até acredito em amores que sobrevivem a distancia, mas não os
platônicos. Esses sobrevivem de memórias, e se elas não são alimentadas, se
perdem. Quanto às memórias que tenho dela, são muito particulares e antagônicas. Metade do encanto está
no inverso das outras. No cabelo despenteado, nas manchas e furos na roupa
simples, na falta de vaidade, naquilo que de alguma forma a torna tão orgânica,
tão de verdade. E a outra metade está no sorriso e no olhar.
Esses sim dizem muita coisa. Esses nos falam sobre concepção de mundo, sobre
humildade. Sobre o que, pra mim, é importante na vida.
Alison Silva
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